quinta-feira, 28 de março de 2013

Fechamento do mês mar/2013

Mais um mês se encerrando e a carteira até que está aguentando bem os altos e baixos do Ibovespa.

A bolsa teve esse ano o pior 1º trimestre dos últimos 18 anos! Enquanto as bolsas mundiais decolaram e atingiram novas máximas históricas, a coisa aqui anda morta e o nosso governo populista irresponsável coloca a culpa na crise mundial. É claro...



Bom, vamos para o fechamento do mês:


Rentabilidade de 6,49% contando com o aporte e 1,13% sem contar o aporte. A carteira estava indo bem até tomar a paulada da queda da CMIG4 que desabou cerca de 10% em um único dia :(
Nesse dia agi por impulso com a queda e tirei dinheiro da poupança pra aportar mais na Cemig. A estratégia deu certo pois alguns dias depois o papel já deu uma boa recuperada, mas como eu fiquei com uma exposição muito exagerada nesse papel eu vendi esse montante aportado e diluí em outros papéis.

A carteira atual é composta de:


BBAS3 (400)
BICB4 (1200)
CMIG4 (400)
ETER3 (1100)
TRPL4 (200)
VIVT3 (100)
VALE5 (100)

Saí da WHRL3. Refleti bem e decidi que vou evitar papéis com pouca liquidez. Além disso eu estava com uma posição muito pequena no papel.
Entrou VALE5, comprei a R$ 32,67, achei um excelente preço, estava já de olho pra comprar faz um tempo e com a queda recente acho que entrei bem. Pretendo agora reforçar a posição em VALE5 e VIVT3 nos próximos aportes.

Gostei muito dos dividendos e JCP que recebi esse mês de VIVT3, BBAS3, BICB4 e ETER3! Foi o que deu uma segurada na carteira. É bem legal ver o dinheiro pingando na conta com os lucros dos seus investimentos.

Estou bastante preocupado com a economia esse ano, principalmente com a inflação descontrolada e a inércia do governo e autoridades econômicas sobre o assunto. Ninguém sabe se os juros vão subir, pois parece que a cada dia mudam de opinião. A Dilma teima em manter os juros nesse patamar enquanto os preços disparam e os problemas continuam os mesmos (infra-estrutura precária, falta de política monetária, carga tributária absurda). O povo continua ignorante como sempre e ela está com índice de aprovação nas alturas, enquanto cada mês o nosso dinheiro vale menos e as opções de investimento se tornam menos rentáveis. As intervenções constantes (pobre Cemig) estão acabando com a segurança dos investidores e parece que não tem data pra acabar. Aliás recomendo a todos o blog Finanças Inteligentes, os comentários diários sobre o mercado são excelentes!

Manda ver, Dilma. Nós pobres poupadores estamos resistindo.


Abraços e até a próxima!

sexta-feira, 15 de março de 2013

Celulares, o novo modismo para arrancar dinheiro

E aí pessoal, tudo bem com vocês?

Essa semana, além da eleição do novo papa (com a incrível cobertura da mídia mostrando em tempo real a fumaça preta saindo da chaminé por minutos), ciclistas decepados por imbecis, Marta Suplicy dizendo que games não são cultura (desgraçada), tivemos também a apresentação do novo Samsung Galaxy IV.

Quando a Apple lançou o primeiro iPhone, o mundo mudou pra sempre. O formato do aparelho e a ênfase na usabilidade transformou radicalmente o mercado de smartphones. Rapidamente os concorrentes não quiseram ficar para trás e inventaram seus aparelhos tops de linha ultra sofisticados. O que aconteceu desde então foi que pouco a pouco os smartphones se tornaram o novo modismo irracional de consumismo mundial. Cada época tem o seu. Carros, rádios, tênis, TVs, computadores, notebooks. De tempos em tempos surge algum produto que se torna febre e causam o efeito de atrair consumidores que competem entre si para exibir para os amigos e familiares o novo bem de luxo.

O modelo atual de mercado é completamente insustentável. Os fabricantes lançam um novo aparelho em um intervalo de seis meses apenas. A inovação acabou faz tempo, agora só restam os upgrades pontuais de hardware e uma parafernália de recursos que ninguém sabe para que serve.

Vamos analisar os principais destaques do novo Samsung Galaxy IV, que vai chegar aqui com o preço inicial de R$ 2.399,00 (aproximadamente um rim), de acordo com a resenha do Gizmodo:

É. Não mudou nada.

A primeira coisa que você nota sobre o S4 é que ele é muito parecido com o S III. Ele tem basicamente o mesmo formato do S III, mantendo o botão Home físico, embora seja um pouco mais retangular.
São 13,87 cm de altura e 6,98 cm de largura. Ele consegue ser menos largo que o S III, apesar da tela maior, e ainda é mais fino: 7,9 mm de espessura. Ele também é um pouco mais leve, com 130g. Eles conseguiram esta façanha encolhendo bastante as bordas.
Vemos aqui a estúpida tendência de deixar o aparelho cada vez mais fino e longo. Talvez seja para que quando caia quebre mais fácil, visto que a maioria deles não resiste a uma queda simples. A tela fica cada vez maior, fazendo com que a diferença entre tablets e smartphones seja cada vez mais difícil de notar.

Deve ter caído de uma altura de 13cm.

O Galaxy S 4 possui tela Super AMOLED ainda maior que a do seu antecessor: 5 polegadas com resolução 1920×1080 pixels e 441 PPI. Como esperado, o processador vai depender do país: alguns receberão o modelo com o Exynos 5 Octa; enquanto outros terão um chip Snapdragon S4 Pro.
O Exynos 5 Octa tem oito núcleos, mas age como quad-core: não mais que quatro núcleos funcionam simultaneamente. São dois conjuntos de 4 núcleos: um deles contém núcleos Cortex-A15, para tarefas mais exigentes; enquanto o outro grupo tem núcleos Cortex-A7, que economizam bateria. São 2 GB de RAM, 16 GB de armazenamento – com opções de 32GB e 64 GB – e entrada para microSD. Ele tem bateria removível de 2600 mAh, mais do que muitos concorrentes no high-end; torcemos que ela consiga acompanhar o maior consumo de energia de uma tela Full-HD. 
Aqui entram os dados maneiros que os gerentes, coordenadores e pessoas arrogantes gostam de usar para se gabar para os colegas, apesar de não entenderem exatamente o que significam. É bem simples: você está pagando por um videogame bem caro, pois um hardware desse não serve para muita coisa se você não utilizar para jogos e afins. E o mais irônico é que é exatamente o que esse público-alvo não faz. Eles utilizam para acessar redes sociais, ler e responder e-mails e falar com a família. Nada que um celular de R$ 300 reais não faça facilmente hoje em dia.

Ele tem câmera de 13 megapixels com flash, e uma câmera frontal de 2 MP. Você pode gravar vídeo usando as duas câmeras ao mesmo tempo, função semelhante à presente no LG Optimus G Pro. A câmera frontal consegue tirar 100 fotos em quatro segundos, e depois selecionar as melhores para criar uma só imagem.. Também há uma função “Sound and Shot”, que permite gravar cinco segundos de áudio antes de tirar uma foto.
Entram aqui os recursos inúteis que a pessoa usa duas vezes: uma para testar e outra para exibir para o colega e causar inveja. No dia-a-dia ele irá tirar fotos como qualquer ser humano normal, sem usar nada dessas besteiras aí.

Por dentro, há oito sensores internos, incluindo temperatura e umidade, mais um sensor infravermelho para controlar sua TV. Ele tem suporte a 4G LTE, Wi-Fi a/b/g/n/ac, Bluetooth 4.0 e MHL 2.0.
Uau. Sensor de temperatura e umidade. O sonho de qualquer pessoa, sempre precisei de um negócio desses.
O Galaxy S4 roda a versão mais recente do Android, o Jelly Bean 4.2.2, mas bastante personalizado com o TouchWiz – e cheio de funções inteligentes. Estas são as principais:
- O Smart Scroll, que circulou em rumores, está aqui… mais ou menos. Ele sabe quando você está olhando para o aparelho; então se você inclinar o aparelho para frente ou para trás, o conteúdo no app rola para cima ou para baixo. 
Put* que pariu! Como se já não bastasse a preguiça dos usuários em apertar botões, agora não precisa mais deslizar o dedo na tela. Viva o sedentarismo.

- O Air View permite pairar um dedo em pastas na galeria – sem tocá-las – e abrir uma pré-visualização das fotos. É algo semelhante ao que vimos no Xperia Sola, que usa um sensor capacitivo adicional para reconhecer seu dedo a 22mm da tela – o Galaxy S 4 deve usar tecnologia semelhante.
- Com o Air Gesture, você também pode navegar na web sem tocar a tela: basta mover o dedo no ar para cima ou para baixo, e a página rola sozinha. 
MEU DEUS! Que demais! Eu não preciso encostar na tela! Eu vou ficar que nem um idiota fazendo gestos no ar, pois meu aparelho vem com um capacitivo adicional de merda para reconhecer que eu estou QUASE encostando! Cara, que vontade de comprar hein!

Bom, esse é um resumo geral do novo brinquedo adulto.

Essas mudanças estúpidas mostram claramente que não havia necessidade alguma de lançar um novo aparelho poucos meses depois do modelo anterior. A inovação do hardware é completamente desnecessária no momento, e os recursos de software são apenas mimos desnecessários para 99% dos consumidores. Mas é claro que isso não irá impedir que filas no mundo inteiro se formem e que as pessoas se sintam realmente felizes em adquirirem o aparelho, assim como o próximo da Apple que com certeza virá até agosto.



As pessoas não compram um aparelho mais por necessidade, elas compram simplesmente o modelo mais atual sem nem ao menos entender para que servem, simplesmente para que possam demonstrar nas reuniões de família para os parentes pobres, para os vizinhos, para os colegas de trabalho e subordinados, para ostentar um luxo completamente desnecessário, que os prendem cada vez mais a um mundo digital formado por usuários idiotas e mimados que comparam aparelhos entre si como meninos comparando o tamanho dos seus pênis em um banheiro. É o brinquedo da década, que cria novas separações sociais entre pessoas que têm e as que não têm.

Amigo aportador consciente, pesquise sobre quais são as suas reais necessidades antes de comprar um aparelho desses. Fuja das operadoras com seus planos malucos que te prendem por meses e iludem como se você estivesse pagando mais barato. Cuide bem do seu dinheiro e não faça como essa galera aqui:



Na China sempre é um pouco pior


Abraços e bom final de semana!


segunda-feira, 4 de março de 2013

[Livro] CRASH

E aí pessoal,


Poucos livros de finanças conseguem ser "divertidos" de se ler. Na maioria das vezes a leitura é massante, exigindo concentração e dedicação para absorver a informação da maneira correta. Mas o livro de hoje consegue ser uma surpreendente exceção.

Escrito por Alexandre Versignassi, um jornalista da revista Superinteressante, CRASH mostra a história do dinheiro, desde os tempos onde não existia dinheiro. É uma leitura que consegue ser engraçada, divertida e carregada de muito conteúdo ao mesmo tempo. O que achei mais bacana no livro são as comparações entre problemas que existiram a séculos atrás e que hoje são repetidos da mesma maneira, incluindo as tentativas de solução que já se provaram erradas inúmeras vezes. A obra cita golpes especulativos como o caso Enron, a época de hiperinflação brasileira (e uma comparação com a Roma antiga), a bolha da internet, IPOs, Naji Nahas e a crise imobiliária de 2008. Alguns momentos da história são visivelmente exagerados na visão do autor, mas servem para manter o diálogo com o leitor mais descontraído e leve.

Não é um livro que vai te ensinar a investir ou especular: é uma visão da história da economia mundial, e boa parte dos seus textos são para pessoas mais leigas, então não espere uma profundidade em temas mais avançados já discutidos em outros livros especializados.

CRASH é uma leitura descontraída, um livro para ser lido em poucos dias e fazer o leitor refletir sobre a economia em geral, tendo uma visão histórica de todos os seus problemas e trapalhadas. E mostra que o dinheiro na verdade não existe: é apenas aquilo que a sociedade entende que seja.



Abraços e até a próxima!